.......Cada uno da lo que recibe Y luego recibe lo que da, Nada es más simple, No hay otra norma: Nada se pierde, Todo se transforma[Jorge Drexler].......

APRESENTAÇÃO

A disciplina de Projeto Arquitetônico IV, Faculdade de Arquitetura (FAU)/Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), busca projetar o espaço arquitetônico de modo integrado e em diferentes escalas, propondo alternativas espaciais e cenários de futuro, a partir do uso de câmeras digitais, bem como a edição dessas imagens fílmicas através do software Windows Movie Maker, procurando ressaltar perceptos e afectos referentes aos agentes e lugares por onde perpassam os processos de projeto.A cartografia do projeto de arquitetura, por sua vez, se dará durante o processo de projeto, a partir da análise do desejo, desta perspectiva, diz respeito, em última instância, à escolha de como viver, à escolha dos critérios com os quais o social se inventa, o real social. Em outras palavras, ela diz respeito à escolha de novos mundos, sociedades novas. A prática do cartógrafo é, aqui, imediatamente política.

domingo, 12 de agosto de 2007

PLANO DE ESTÁGIO

TÍTULO:
POR UMA CARTOGRAFIA DO PROJETO DE ARQUITETURA

ESTÁGIÁRIO: Eduardo Rocha
MAIL|MSN: amigodudu@pop.com.br
HOMEPAGE: http://cartografiadoprojeto.blogspot.com
PROFESSORES: Fernando Delfino de Freitas Fuão e Rufino Becker
DISCIPLINA: Projeto Arquitetônico IV
COD.: ARQ01011
ANO: 2007/SEMESTRE: 02
PERÍODO:
Segundas-feiras das 9h30min as 12h30min
Terças-feiras das 9h30min as 12h30min
Quintas-feiras das 18h30min as 21h50min

APRESENTAÇÃO:
O estágio docente (pré-requisito para o grau de doutor, junto ao Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura/PROPAR/UFRGS) será realizado junto à disciplina de Projeto Arquitetônico IV, ministrada pelos professores Fernando Freitas Fuão e Rufino Becker, na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), durante o 2º semestre de 2007. A disciplina de Projeto de Arquitetura IV prevê exercício (s) de projeto promovendo a compreensão e o domínio da arquitetura de interiores ou da interioridade da arquitetura. O projeto de estágio prevê o acompanhamento integral da disciplina e algumas intervenções durante o processo de projeto.

OBJETIVOS:
Objetivo geral:
Projetar o espaço arquitetônico de modo integrado e em diferentes escalas, propondo alternativas espaciais e cenários de futuro, a partir do uso de câmeras digitais, bem como a edição dessas imagens fílmicas através do software Windows Movie Maker, procurando ressaltar perceptos e afectos referentes ao lugar do projeto.
Objetivos específicos:
• Cartografar experiências do lugar (o meu lugar, o lugar do outro e o nosso lugar).
• Manipular imagens fílmicas.
• Conhecer algumas técnicas da arte e do cinema para utilizar no processo de projeto de arquitetura.

JUSTIFICATIVA:
A experiência com cartografia, a partir da captação e edição de imagens fílmicas, irá possibilitar aos alunos da Faculdade de Arquitetura, da Universidade do Rio Grande do Sul, a apreender e conhecer uma diferente metodologia de pesquisa e projeto de arquitetura e urbanismo.
Para os geógrafos, a cartografia-diferentemente do mapa, representação de um todo estático-é um desenho que acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem.
Paisagens psicossociais também são cartografáveis. A cartografia da arquitetura, nesse caso, acompanha e se faz ao mesmo tempo que o desmanchamento de certos mundos-sua perda de sentido-e a formação de outros: mundos que se criam para expressar afetos contemporâneos, em relação aos quais os universos vigentes tornaram-se obsoletos.
Sendo tarefa do cartógrafo dar língua para afetos que pedem passagem, dele se espera basicamente que esteja mergulhado nas intensidades de seu tempo e que, atento às linguagens que encontra, devore as que lhe parecerem elementos possíveis para a composição das cartografias que se fazem necessárias.
A cartografia do projeto de arquitetura, por sua vez, se dará durante o processo de projeto, a partir da análise do desejo, desta perspectiva, diz respeito, em última instância, à escolha de como viver, à escolha dos critérios com os quais o social se inventa, o real social. Em outras palavras, ela diz respeito à escolha de novos mundos, sociedades novas. A prática do cartógrafo é, aqui, imediatamente política.

METODOLOGIA:
Encontros presenciais e a distância, estudos orientados de material bibliográfico aliado ao uso da metodologia de pesquisa educacional cartográfica, windows movie maker e aparelhos tecnológicos utilizados para filmagem e edição. Realização de tarefas à distância Discussão de práticas de filmagem, montagem e das leituras indicadas. Avaliação.

SÚMULA DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NA DISCIPLINA:

1º. Encontro: APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
data: segunda-feira dia 06 de agosto de 2007.
local: ateliê ufrgs.
equipamentos: data-show e material fornecido pelo professor.

2º. Encontro: CARTOGRAFIA E COLAGEM
data: segunda-feira dia 13 de agosto de 2007.
local: ateliê ufrgs.
equipamentos: data-show e material fornecido pelo professor.

3º. Encontro: CARTOGRAFIA DA FAU/UFRGS E EDIÇÃO DE IMAGENS (ateliê ufrgs)
data: segunda-feira dia 20 de agosto de 2007.
local: ateliê ufrgs.
equipamentos: data-show, câmeras digitais, cabos e caderno de campo.

4º. Encontro: ARQUITETURA CORPO E ENTREGA DO 1º. VÍDEO
data: segunda-feira dia 03 de setembro de 2007.
local: ateliê ufrgs .
equipamentos: data-show, câmeras digitais, cabos e caderno de campo.

5º. Encontro: CARTOGRAFIA DO LUGAR DO PROJETO (Rubem Berta)
data: segunda-feira dia 03 de setembro de 2007.
local: Rubem Berta.
equipamentos: câmera digital e caderno de campo.

6º. Encontro: CARTOGRAFIA DO LUGAR DO PROJETO (Jardim Botânico)
data: segunda-feira dia 17 de setembro de 2007.
local: Jardim Botânico.
equipamentos: câmeras digitais, cabos e caderno de campo.

7º. Encontro: EXPOSIÇÃO FILMICA UFRGS E ENTREGA DO 2º. VÍDEO
data: segunda-feira dia 01 de outubro de 2007
local: ateliê/saguão ufrgs.
equipamentos: tv, dvd, câmeras digitais, cabos e caderno de campo.

8º. Encontro: ASSEMBLAGE E MAQUETE
data: segunda-feira dia 22 de novembro de 2007
local: ateliê ufrgs.
equipamentos: papelão, papeis coloridos, implantação da área, pequenos objetos, câmera digital, cabos e caderno de campo.

9º. Encontro: AVALIAÇÃO FINAL E ENTREGA DO 3º. VÍDEO: o meu, o seu, o nosso lugar (ateliê ufrgs)
data: segunda-feira dia 19 de novembro de 2007
local: ateliê ufrgs.
equipamentos: data-show.

AVALIAÇÃO:
• Auto-avaliação
• Avaliação dos vídeos produzidos durante o processo de projeto.
• Relatório final de estágio.

REFERÊNCIAS:
ADES, Dawn. Photomontage. London: Thames and Hudson, 1986.
AGAMBEN. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007.
BAUDRILLARD, Jean, NOVEL, Jean. Los objetos singulares: arquitectura y filosofia. Buenos Aires: Fundo de Cultura Económica, 2002.
BOTTON, Alain de. A Arquitetura da Felicidade. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
DELEZE, Gilles. Francis Bacon: Lógica das sensações. São Paulo: Perspectiva, 2000.
DELEZE, Gilles. Imagem-Tempo. Cinema II. São Paulo: Brasiliense, 2005.
DELEZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 2000.
DUBOIS, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosacnaify, 2004.
FONSECA, Tânia Mara Galli, KIRST, Patrícia, Gomes. Cartografias e Devires: a construção do presente. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 8.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999
FOUCAULT, Michel. Isso não é um cachimbo. 3.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
FUÃO, Fernando Freitas (org.). Arquiteturas fantásticas: os caprichos da imaginação. Porto Alegre: UFRGS, 1999.
FUÃO, Fernando Freitas. A arquitectura como collage. Bercelona: Universitat Politècnica da Catalunya, 1992. (tese de doutorado).
FUÃO, Fernando Freitas. Canyons: Av. Borges de Medeiros e o Itaimbezinho. Porto Alegre: FUMPROARTE, 2001.
FUÃO, Fernando Freitas. Sobre criatividade e arquitetura. Porto Alegre: UFRGS, 2003. (não publicado).
GUATARRI, Felix, ROLNICK, Suely. Micropolíticas: cartografías del deseo. Madrid: Traficantes de Sueños, 2006.
GULLAR, Ferreira. Relâmpagos. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 1997.
NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
PACKER, George. A Megacidade. In: Revista Piauí. Número 5. Rio de janeiro: Editora alvinegra, 2007.
POLIDORI, Mauricio, ROCHA, Eduardo. São Lourenço do Sul: projeto acadêmico. Pelotas: UFPel, 2007. (CD-Rom).
RAJCHMAN, John. Construções. Lisboa: Relógio D’água, 2002.
REIS, Paulo. Quando a rua vira corpo. São Leopoldo: UNISINOS, 2005.
RODRIGUES, Chris. O cinema e a produção. Rio de Janeiro: Ed. DP&A/FAPERJ, 2005.
ROLNICK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: UFRGS, 2006.
SPALLANZANI, Mario. La creatividad descentrada. Montevideo: FARQ, 2003.
TIBURI, Márcia. Filosofia Cinza. Porto Alegre: Escritos, 2004.

Também recomendamos os seguintes endereços e vídeos:
http://arquiteturasdoabandono.blogspot.com
http://www.fernandofuao.arq.br
http://www.glform.com
http://www.itaucultural.org.br
http://www.projeto9.tk
http://projetorubemberta.blogspot.com
http://projetosantavitoria.blogspot.com
http://www.vitruvius.com.br

Vídeos:
ARNELLA, Xavier (dir.). Babel 2015. Barcelona: canal natura, s/d.
LOWENSTEIN, Célia (dir). Filosofias para o dia-a-dia. Londres: Channel Four TV, 2000.
CHAPLIN, Charles (dir.). Carlitos Decorador.
CHAPLIN, Charles (dir.). Tempos Modernos.
COHEN, Peter (dir.). Arquitetura da Destruição.
COUTINHO, Eduardo (dir.). Edificio Master.
DIEGUES, Carlos (dir.). O maior amor do mundo.
FURTADO, Jorge (dir.). Ilha das Flores.
FOURACRE, Chris, LOWE, Geoff (dir). Imagens Impossíveis. Londres: Discovery Chanel, 1997.
PARKER, Alan. Pink Floyd: The Wall. São Paulo: Sony/BMG, 2001.
PRADO. Marcos (dir.). Estamira.
SOUZA, Fabiano, VARGAS, Gilson (dir.). Porto Alegre de Quintana. Porto Alegre: RBS, 2006.

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CARTOGRAFIA DO PROJETO

A experiência com cartografia, a partir da captação e edição de imagens fílmicas, irá possibilitar aos alunos da Faculdade de Arquitetura, da Universidade do Rio Grande do Sul, a apreender e conhecer uma diferente metodologia de pesquisa e projeto de arquitetura e urbanismo.
Para os geógrafos, a cartografia-diferentemente do mapa, representação de um todo estático-é um desenho que acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem.
Paisagens psicossociais também são cartografáveis. A cartografia da arquitetura, nesse caso, acompanha e se faz ao mesmo tempo que o desmanchamento de certos mundos-sua perda de sentido-e a formação de outros: mundos que se criam para expressar afetos contemporâneos, em relação aos quais os universos vigentes tornaram-se obsoletos.
Sendo tarefa do cartógrafo dar língua para afetos que pedem passagem, dele se espera basicamente que esteja mergulhado nas intensidades de seu tempo e que, atento às linguagens que encontra, devore as que lhe parecerem elementos possíveis para a composição das cartografias que se fazem necessárias.